Avançar para o conteúdo principal

Reflexo


Hey,

Não sei por onde tem andado o teu sorriso, mas eu cá tenho saudades. Não sou um estranho para ti, sou apenas o teu reflexo, um pouco mais triste,mas sou. Já há muito venho tentando te encontrar pelas ruas da felicidade, mas por lá só encontro estranhos e pessoas que sequer lembram de ti.

Noutro dia te vi chorar, quis aproximar-me, mas percebi que precisavas ficar sozinha. Tive medo que me escorraçasses ou que simplesmente ignorasses a minha tentativa de fazer-te perceber que não estás sozinha, por isso mantive-me quieto. Está tudo bem?! 

Olha, não vou perguntar o que te tem deixado coberta de nuvens negras, mas preciso que fiques bem por nós. Lembra-te que és minha luz, está bem? Enquanto estiveres envolvida nesse manto de escuridão jamais poderei ser teu eterno companheiro. Agora faz-me um favor, sorria e ilumina-te. 

Ontem sonhei que te beijava o amor, senti minha alma sufocar de tanta felicidade e fiz uma enorme festa em meus sonhos. Senti um turbilhão de sentimentos invadir-me e desejei tanto que ao acordar as minhas vontades se tornassem reais. Mas olha para ti agora, por quê te escondes? Eu quero o melhor de ti e quero muito ver-te brilhar outra vez, deixa-me voltar a tua vida, permita-me. 

Meu nome é... Meu nome não é importante. Importante é mostrar-te a alegria, a luz, a cadência e a melodia que o teu sorriso traz, é desconcertante. Teu gargalhar é uma sinfonia, sabias? 

Sofres tanto pela dor dos outros que as vezes esqueces de sofrer pelas tuas e quando te lembras, elas doem como uma galáxia. Sei que sabes disso, as vezes duvidas, mas tu és muito especial. Não do tipo de alguém que chega e arrebata a todos com suas histórias hilárias e salteadas com algum exagero, mas és especial.

Especial do tipo paz, uma tarde ensolarada em frente ao mar, uma noite estrelada em pleno campo, esse tipo.

Sorri, por favor sorri, e quando não der…

Escrito por: Sheila Faiane e Dércio Ferreira

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Memória e Reminiscência (lembrar e recordar)

Memórias, fragmentos de um tempo que se desfez com os ventos do passado, mas que permitiu-se deixar rastos para que de tudo um pouco eu carregasse no futuro. Memórias das trafulhices deixadas na infância, dos beijos mal beijados, dos “eu te amo” ditos em vão... memórias de um “eu”, que quisera eu ter ensinado que o mundo é mais fácil quando nos permitimos mais, quando amamos mais, quando queremos mais. Não existe um manual para vida. Talvez um Manuel! Então, eu me aconselharia a ouvir mais, deixar-me-ia envolver por cada palavra daqueles que em minha estúpida inocência um dia chamei intrometidos – os donos da razão, papá e mamã! Pois eles sabiam, eles sabiam e tudo que eu fiz foi fechar os meus ouvidos e fingir que era adulta o suficiente para não seguir seus mandamentos. Saudades, saudades do tempo em que a minha única preocupação era acordar e tentar ser feliz, ser sem noção sem me preocupar com o amanhã, pois o amanhã era apenas mais um dia. Mas ao mesmo tempo, ainda sinto...

V A L É R I A

Meu nome é Valeria, tenho 30 anos, hoje afirmo veementemente que sou uma ex-prostituta e não tenho vergonha disso. Minha história não difere muito das outras, entrei nessa vida por opção e não por estar somente a passar por dificuldades. Sempre gostei de vida fácil, sei lá, desde criança que me puseram na cabeça que eu merecia um homem rico e que não precisava trabalhar – por conta da minha beleza e do meu corpo. Tudo começou quando me expus ao sexo pela primeira vez aos 15 anos, quando descobri que poderia ter tudo que quisesse, era só uma questão de dar uns minutinhos de prazer. Já perdi a conta de quantas vezes fui para cama com homens bem mais velhos, eles queriam-me a tempo inteiro e faziam de tudo por mim; tanto que hoje tenho carros, casas e sou feliz. Bem, feliz até ao momento que em que o candeeiro se apaga e fico à sós com a minha consciência, procurando o auxílio da ciência para tentar entender que força é essa que não me deixa entrar na abstinência de matar-me ...

Para Sempre Submissa

- Eu sei que ele me ama. Eu sei que ele me ama. Tenho certeza que é amor”  –  Repito vezes sem conta enquanto ele se prepara para dar-me mais uma bofetada. Nossa relação é assim, uma mistura de amor e ódio, mas damo-nos super bem do nosso jeito doce e picante.  Hoje ele acordou bem disposto e manso.  Fizemos amor como já não fazíamos há muito tempo, foi como na nossa primeira vez, gostoso e intenso. Milagrosamente tivemos uma manhã tranquila, tomamos banho juntos e ele até levou-me ao trabalho.  Durante o dia fomos trocando mensagens carinhosas com doces dizeres e muitas outras coisas que eu não sabia que ele ainda era capaz de falar. Quando eu menos esperava, chegou na minha sala um enorme buquê de dálias vermelhas (depois de tantos anos ele ainda sabia que eu amava dálias), fiquei eufórica, não me contive e mandei logo uma mensagem a agradecer pelo gesto. 1, 2, 3 horas se passaram e ele não disse mais nada. Quando chegou a minha hora de ir ...