Isto não é um texto sexual, talvez um tanto sensual ou um pouco fora do meu normal,mas quem sou eu para saber o que dizer neste momento se apenas consigo pensar na linguagem dos nossos corpos? Sim, meu e o teu... tu, cujo nome não se pronuncia, se sente.Tu que te entregas ao mundo sem esperar sua aprovação, que desenhas a tua silhueta em nossos olhos sem pudor, vieste para ficar ou estás só de passagem?
Tenho receio que ao terminar, penses que eu estou apaixonada e possivelmente hipnotizada pelos teus bons feitos. Mas não, dizem por aí que nos tornamos perigosos quando aprendemos a controlar os nossos sentimentos. Se eu acredito nisso? Bem, ainda não, mas é nisso que quero acreditar porque se depender de ti e do meu irresponsável querer, eu já nos vejo em nossa lua de mel - descasados, descomplicados, explorando um mundo que se descreve em 50 tons de cinza.
Tua insensatez me cria a ilusão de que podemos ser perfeitos um para o outro - eternamente unidos pela promiscuidade, profundamente envolvidos em uma sexografia que incite um futuro excitante, ainda que saibamos das impossibilidades que paulatinamente vão vandalizando a toca dos meus medos. Sim, eu tenho medo do que é despertado em mim a cada toque ausente de inocência, mas eu gosto do toque do teu toque, do cheiro do teu cheiro no meu corpo e do caos que já sinto se aproximar e pouco me importo.
Na imensidão dos meus pensamentos levarei os nossos desejos ao pico das minhas vontades. Despensando doces promessas, no mar molhado da minha imprudência te vou permitir - até onde der, até onde nos for favorável e desflorável. Perdoa-me pelo gingar do meu palavreado para te fazer chegar aos ouvidos algo tão simples, é que é sexo ou grafia, nós e os nossos segredos ou eles e o nosso lamento.
Escrito por: Sheila Faiane
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