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um amor e ponto.


Quando eu amo, eu amo. Não falo, não dou e nem faço pela metade, me entrego de corpo alma e se for necessário me afogo nesse amor. Sou 0 ou 80, sim ou não e se for para te namorar no modo “talvez”, prefiro continuar só: só contigo, ainda que tua resposta seja complicada, eu vou te esperar, talvez até me magoar e perceber que já é hora de partir. Sou imprudente, não sei medir minhas acções, as vezes posso ser a tua melhor companhia, mas posso também ser o teu maior pesadelo – a única verdade sobre mim, é que as minhas cores não são perfeitas e eu não sei ser diferente.

Tem dias que vou precisar muito do teu amor, noutros nem por isso, talvez nem vou querer olhar para a tua cara ou então dizer que te amo – não sei expressar o que não sinto e fingimento é covardia, mas eu juro que quando o fizer, será com os meus desejos e palavras mais sinceras. Tem dias que vou te amar tanto que vai até parecer uma despedida, mas é que nesses dias o meu “amorómetro” estará totalmente dedicado a nós dois. Sim, será maçador e provavelmente haverá dias em que não saberás  como lidar comigo, mas tudo bem… eu vou me chatear, mas quando for colocar a cabeça no travesseiro, eu vou entender.

Não sei se vais interpretar tudo isso como amor ou loucura, mas desde que no final do dia estejamos bem um com o outro, para mim já é uma guerra vencida. Quem sabe com o andar do tempo percebas que não sou tão difícil quanto parece? Enfim, quando eu quero, eu quero e eu te quero muito. Não faço jogo de cintura, avanço sem travões e deve ser por isso que acabo toda rebentada porque depois de um primeiro embate, não se concerta o bolsa de ar e desse jeito, sigo vulnerável.

Eu sou assim, um misto de bem me quer com mal me quer e um bom bocado de felizes para sempre, quente e fria, descomplicada e impossível, talvez seja tudo isso o reflexo da minha perfeição. É, tem dias que acordarei triste, noutros talvez mais feliz que tu, mas nunca sem ti e é certo que cada sensação será partilhada do mesmo jeito que os nossos corações partilham o mesmo batimento. Eu sou assim, aquela que te vê quando mais ninguém o faz, aquela que te quer ontem, hoje e amanhã, mas não a mudes, deixa apenas que o nosso enxerto dê certo.

Escrito por: Sheila Faiane

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