Não concordo com
as falsas promessas que fazemos no calor das celebrações de um novo ano. É incrível
como conseguimos desenhar planos esdrúxulos e pensar que são alcançáveis a
curto prazo. Acho que nunca ouvimos falar em honestidade, mas dizem os sábios
que é uma coisa nada complexa que se esconde em nossas mentes e que costuma se
camuflar de hipocrisia. Contam ainda as lendas que não é difícil encontrar se
procurarmos nos lugares mais improváveis: no coração e com vontade, pois de
contrário veremos apenas mais um ano de fábulas a materializar-se.
Eu
particularmente resolvi entrar neste novo ano com o pé direito e fechar a boca.
Fiquei com medo de, na impulsividade da virada e no alvoroço dos fogos de
artificio, começar a traçar trezentas mil metas que eu mesma na mais perfeita lucidez
não tenciono alcançar. Nem por isso me mascarei de maria-valente e também não tentei
agir como se fosse atravessar sem proteção. Imagina! Só não quero ser aquela
pessoa que ao meio do ano já fica no desespero e pergunta de hora em hora: “Que m*** está a acontecer na minha vida?”
Há muitos gregos
e troianos que já fizeram a lista de metas por alcançar este ano, enquanto isso
eu e os moicanos:
Enfim, a minha
santa esperança acredita que meio mundo também ainda está a tentar perceber em
que ano terminou 2018. Se esse for o seu caso, trate de fazer uma pausa na
leitura e se concentre no que deverá vir pela frente e não no que veio ou virá,
pois para isso o seu controlo remoto não funciona.
No meio desse emaranhado
de ideias, de uma coisa tenho certeza, 2019 será espetacular ainda que as
lições sejam dolorosamente divertidas no final. Vamos na fé, vamos com
Deus, Jesus e seus 12 Discípulos no comando, que tudo dará certo. Apenas espero
que estejas carregado(a) de energias positivas e mega entusiasmado(a) para
encarar as 350 oportunidades que te restam, tendo em conta que já desperdiçaste 10 a fazer contas, gastar o que não tens, a procura de soluções impossíveis
para sobreviver ao ano de Janeiro.
Desculpa se te
fiz pensar que este texto seria sobre como
definir metas ou se tiver feito com que viajasses pela experiência enigmática
do Bird Box, perdão. Confesso que era essa a minha ideia quando comecei a
escrever e até tinha uma fantasia de como deveria terminar, mas me perdi na
tequila nos meus pensamentos e...
Escrito por:
Sheila Faiane
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