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Mensagens

A mostrar mensagens de novembro, 2019

Cais 27

Sobre a vida … o que há para dizer? As vezes pode parecer um mar de ilusões, onde só enxergamos o que nos convém e entre um e outro aeroporto, muitos vem, poucos voltam e quase ninguém permanece. Mas por outro lado, pode ser um espetáculo alegórico, repleto de momentos de fantasia que nos dão a sensação de felicidade plena, onde nos sentimos super-heróis, donos do mundo. Mas, aprendi que é curta, há coisas que vão e não voltam; aprendi sobre a importância dessas coisas e que de nada vale esperar pelo fim para poder dar o devido valor. A vida não complementa o tempo, o tempo não espera e segunda chance é uma mentira – são laços rompidos, que quando remendados, não tem a mesma beleza. Sobre família … o que há para dizer? Não se escolhe, não é como nas novelas, não é romântico, mas é tudo que precisamos na vida. Não são mil, não são todos eles, são aqueles que realmente cuidam, são aqueles que não nos esquecem, são aqueles que morreriam por nós... literalmente. São parte de nós, nos

EN4

Tinha 10 anos quando pela primeira vez sentei no colo do meu pai e tomei conta do volante, mas mesmo ainda que quisesse comandar o carro por completo, era muito baixinha para alcançar os pedais. Nessa altura já conhecia o código de estrada tal como um crente fanático conhece a Bíblia, enfim. Eu era muito esperta, tão esperta que os meus amigos diziam: "Se a vida fosse uma novela, o teu nome seria Soninha 38". Anos se passaram e claro, fiquei craque – meu pai era amante de drifts , um preto com sangue de mulato, não tinha como não amar adrenalina. E, não tinha como ele não amar me ensinar tudo que ele sabia - de 5 meninas, fui a única que toda vida se interessou por motores. Para ele eu era o filho homem que nunca teve, por isso a minha mãe o culpava todos os dias (literalmente), por eu ser lésbica, mas isso é outra história. Mexer em motores e trocar as mudanças do carro sem que o mesmo soluçasse era como trocar de sapatilhas, eu simplesmente amava aquilo. Aos 18

III | Te Espero no Elevador

O círculo dourado para sempre será um impedimento, ainda que o deseje ferozmente. Meu coração não tem dono, o dele também não, mas há quem ache que o tem e parte de mim quer respeitar isso, mas a outra está indiferente. Quero sentir pena, quero sentir a consciência pesada, mas tudo que consigo é sentir saudades do que não vivemos e uma vontade incontrolável de ter mais alguns minutos a sós em algum elevador dessa vida. Faz uma semana que não o vejo, quero ligar e dizer que o quero sem reservas, quero tanto que a pulsação do meu membro vulcânico me faz um ser irracional - quero agarrá-lo com força, enfiar a minha mão naquele emaranhado de cachos negros, puxá-lo para perto de mim e permitir que me beije novamente sem pudor; por outro lado, quero que este sentimento desapareça e vire indiferença, mas e se o segredo daquelas quatro paredes for intenso, um autêntico caminho sem volta, o que faria eu com esta inocência já desflorada?  Enfim, desejos vem, desejos vão, mas casos m