Oi, faz tempo que me tens perguntado como me sinto, mas eu não sei se realmente é um querer de coração ou pura curiosidade... vontade de saber qual é a parte do meu coração que está mais machucado para ter o que conversar quando fores te encontrar com as tuas amigas ou para poder me abraçar quando não mais conseguir me menter em pé. Mas tudo bem, hoje eu resolvi te falar e não quero nenhum abraço... quero um minuto de paz.
A verdade é que eu vejo todo mundo feliz, menos eu. Não procuro respostas para as minhas inquietações, porque já as tenho. Há dias em que opto por acreditar que é coisa da minha cabeça, talvez nem todos estejam felizes do jeito que eu penso, mas isso também pouco importa, pois ainda assim eles continuam mais felizes do que eu.
Me chamam ingrata, isto porque a vida tem me oferecido muitos minutos de alegria e eu só consigo olhar para o lado escuro. Sim, estou de olhos fechados e o que vocês aplaudem ai fora eu não vejo. Nem sei o que tenho feito, estou no modo automático e parece que a vida esta a passar e eu sequer estou a permitir-me vivê-la.
Quanto ao meu sorriso, bem... só me falta costura-lo para que não ceda. Não é alegria, é fuga, pois os questionamentos cansam-me e se eu permanecer sorridente aos curiosos consigo afugentar. Mas eu o quero de volta, quero ele genuíno e sincero como sempre foi, essa curva desenhada no meu rosto não é real.
Sinto o corpo cansado mesmo sem ter feito nada, sinto a alma pesada e ela é só a parte abstracta do meu ser. Meu quarto, minha vida, minha cabeça está uma bagunça que dá raiva, só queria poder começar a conserta-la do lugar certo, talvez assim eu conseguisse me arrumar.
Faz frio lá fora, faz mais frio aqui dentro. Não falo da minha casa, nem das ruas dessa cidade, falo do meu coração. Esse poço de tolice que mais parece um buraco negro, quem foi que deu o poder da autonomia? Enfim, não ouço mais o seu palpitar. O som dos batimentos estão mais distante que a voz da razão, agora somente parece um eco.
Tenho os olhos fechados, a mente agitada, meus pensamentos me sufocam e só quero sossego. Há de existir um lugar com cheiro de paz, há de existir um lugar com gosto de aconchego, há de existir um ombro para chorar, mas hoje.. Hoje eu me sinto só e não quero ninguém aqui.
Escirito por: Sheila Faiane
A verdade é que eu vejo todo mundo feliz, menos eu. Não procuro respostas para as minhas inquietações, porque já as tenho. Há dias em que opto por acreditar que é coisa da minha cabeça, talvez nem todos estejam felizes do jeito que eu penso, mas isso também pouco importa, pois ainda assim eles continuam mais felizes do que eu.
Me chamam ingrata, isto porque a vida tem me oferecido muitos minutos de alegria e eu só consigo olhar para o lado escuro. Sim, estou de olhos fechados e o que vocês aplaudem ai fora eu não vejo. Nem sei o que tenho feito, estou no modo automático e parece que a vida esta a passar e eu sequer estou a permitir-me vivê-la.
Quanto ao meu sorriso, bem... só me falta costura-lo para que não ceda. Não é alegria, é fuga, pois os questionamentos cansam-me e se eu permanecer sorridente aos curiosos consigo afugentar. Mas eu o quero de volta, quero ele genuíno e sincero como sempre foi, essa curva desenhada no meu rosto não é real.
Sinto o corpo cansado mesmo sem ter feito nada, sinto a alma pesada e ela é só a parte abstracta do meu ser. Meu quarto, minha vida, minha cabeça está uma bagunça que dá raiva, só queria poder começar a conserta-la do lugar certo, talvez assim eu conseguisse me arrumar.
Faz frio lá fora, faz mais frio aqui dentro. Não falo da minha casa, nem das ruas dessa cidade, falo do meu coração. Esse poço de tolice que mais parece um buraco negro, quem foi que deu o poder da autonomia? Enfim, não ouço mais o seu palpitar. O som dos batimentos estão mais distante que a voz da razão, agora somente parece um eco.
Tenho os olhos fechados, a mente agitada, meus pensamentos me sufocam e só quero sossego. Há de existir um lugar com cheiro de paz, há de existir um lugar com gosto de aconchego, há de existir um ombro para chorar, mas hoje.. Hoje eu me sinto só e não quero ninguém aqui.
Escirito por: Sheila Faiane
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